2006/01/27

A ilha


Acordei… ainda era cedo mas os raios de sol já entravam pela janela. Levantei-me pé ante pé para não o acordar, pobrezinho a noite tinha sido longa… Fui até à janela e contemplei aquela vista magnífica, a praia estava linda, o mar muito azul e já fazia algum calor lá fora. Espreguicei-me… ai que bom, ainda sentia o corpo dorido de tanto amar durante a noite. Ele deitado dormia como um anjo, cabelos meio desgrenhados, perdido em sonhos no descanso do guerreiro.

Decidi vestir o fato de banho, apetecia-me um mergulho. Assim, sem fazer barulho, fechei a porta do quarto onde o meu belo adormecido dormia e fui
para a praia. Que bom sentir a areia sob os meus pés, o cheiro a maresia, o calor do sol a acariciar-me cada recanto do meu corpo. Todos os dias deviam ser assim, calmos, quentes, sensuais, de puro relax.

Após o meu merecido banho de mar, voltei à areia e escorrendo pequenas gotículas de água voltei ao quarto. Ainda jazias na cama, dormindo envolto no cheiro de nós dois. Aproximei-me devagar, beijei-te a testa com cuido e tu sorriste, sorriste mas não acordaste como se pensasses que estavas a sonhar.

Decidi entregar-me a um tempo de mimo só para mim. Fui para a casa de banho da suite e preparei um belo banho com os sais aromatizados que me tinhas oferecido. Enfiei-me na banheira de espuma, fechei os olhos e relembrei todos os momentos que tínhamos vivido a noite passada… ainda sentia na pele a tua, ainda sentia na minha boca os teus beijos, ainda ouvia as tuas palavras sussurradas ao meu ouvido, ainda te sentia em mim… Estas lembranças acenderam-me a libido, sai do banho e fui procurar-te. Fui ter contigo ao “ninho” que tínhamos feito nosso.

Deitei-me ao teu lado e acariciei-te o cabelo, com o meu dedo percorri os traços desse rosto que amo, acariciei-te os lábios e novamente sorriste para mim. Esse teu sorriso é o bem mais precioso dos meus dias, vivo enquanto for capaz de te conseguir fazer sorrir…

Começaste a despertar… entreabriste os olhos e já a olhar para mim sorriste. Agora sim sorrias para mim e não para um sonho meu. Tocaste-me com as mãos o rosto, disseste: “Bom dia amor…” e de repente o dia iluminou-se ainda mais. Beijamo-nos com o mesmo ardor e paixão de sempre. Puxaste-me para ti com uma proposta indecente:”Anda cá vamos começar já bem o dia”.

Depois, bom depois… BATI COM A CABEÇA NA MESA DE CABECEIRA E ACORDEI!

Livra,
estava na hora de vir trabalhar, não tinha ganho o euromilhões, não tínhamos viajado para uma ilha paradisíaca, não estávamos de férias… mas ainda sentia o teu corpo no meu, os trilhos das tuas carícias, o sabor dos teus beijos… a felicidade de acordar ao teu lado.

Ora pois, um GRANDE fim de semana a todos!

2006/01/25

De armas e bagagens...

Pois é verdade... esta é a minha nova barraca!
Isto ainda cheira a novo e tem um ar muito mais apresentável, já posso receber os amigos à vontade.lol
Os textos anteriores foram importados (assim como os comentários) da antiga cabana junto ao batráquio mais famoso deste nosso Portugal.
Espero que gostem, se sintam em casa e que me visitem com regularidade.

Ora pois então, sejam muito bem-vindos!

2006/01/23

...

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Fui trocada. Não fui tida, nem achada… não esbocei opinião e eu que tenho SEMPRE alguma opinião sobre seja o que for. Mas assim foi, não me foi pedido, fui confrontada com um facto consumado contra o qual pouco ou nada poderia fazer.

Desmoronei… Fiquei perdida e sem um mapa à mão para achar o caminho de volta. Fiquei sozinha quando já nem mesmo sabia o que estar sozinha significava. E ele estava lá, lá mas distante… tão perto e ao mesmo tempo tão longe como que nem sequer me vê. Fiquei magoada, não estava habituada e nem quero viver assim. Esbocei um protesto que esbarraram nos ouvidos de quem nem sequer me ouve. Não tive direito a atenção e muito menos a uma resposta. Como foi isto acontecer? De repente deixaste de ter olhos só para mim e ela apareceu para estragar o que roçava o perfeito… Não é justo!Não mereço por tudo quanto eu fui para ti e contigo… Não sei o que fazer para te ter de volta… não entendo como podes ignorar a tristeza no meu olhar, o meu protesto mudo, a minha mágoa profunda que calo porque não tenho quem a oiça… E tudo aconteceu assim, do dia para a noite quando decidiste que finalmente ias ter aquilo que querias e foste buscá-la. O dia em que eu deixei de ser o que te iluminava os dias e aquecia os serões passados enroscados em casa.

De repente fez-se luz, percebi que não podia deixar de ser quem era e que tinha de reagir tal como sempre o fizera. Afinal eu era eu, aquela por quem te apaixonaste com todas as características que eu nunca escondi. Decidi que terias de me ouvir, decidi que te faria ouvir fosse como fosse… Olhei para ti, levei as minhas mãos à tua face, agarrei-te e fiz-te encarar-me… e gritei, gritei como se não houvesse amanhã… “Fdx já largavas a PSP, não??!”

Olhaste para mim incrédulo, desligaste a “outra”, viraste-te para mim e beijaste-me… Yuppiiiii, afinal ainda há esperança! Ainda me amas, ainda sou a mais que tudo! Que lindo, afinal continuo a ser o teu vicio predilecto…

Agora entendo e proponho vamos passar o fim-de-semana inteirinho na cama a… e a… e a... jogar PSP a dois bem enroscadinhos...

A todos um bom início de semana!

P.S. Um texto dedicado e inspirado em... eheheheh... obrigado pela inspiração visual. Um dia ainda hei-de ter jeito para estas coisas.lol

2006/01/16

Euromilhões

logo.gif Hoje acordei desesperada, nem esperei que o despertador tocasse, acordei com uma violenta chapada na testa e aos gritos: “Fdxxxxxxxxxxxx, esqueci-me de pôr o Euromilhões!!!!!!!”.

Abri os olhos, contemplei a escuridão e tentei responder às questões que me angustiavam “Quem sou eu, onde estou, onde está o gajo, porque é que não vejo nada…” e depois acordei. “Eu sou eu, estou em casa, está a trabalhar a esta hora, não vejo porque a luz está apagada”. E de repente voltei a lembrar-me do euromilhões…

Saltei da cama, bati com a canela na mesa-de-cabeceira, derrubei o candeeiro com o braço quando atirava para um canto a camisola do pijama e exclamava “Fdx, fdx, fdx!!!”. Cinco minutos depois, meia vestida meia despida enquanto atirava uma fatia de pão para a torradeira, fez-se luz. “Hoje é segunda-feira! Ainda tenho até sexta para pôr a merda do euromilhões!”. Fiquei furibundaaaaaaaaaaa! É que já não dava para voltar para a cama e dormir mais um bocadinho, estava na hora de começar a pensar em vir trabalhar.

Para quem não sabe, eu nem sou uma rapariga dada aos vícios pecaminosos do jogo mas estes jackpots consecutivos estão dar-me a volta ao miolo (a mim e a quase toda a população portuguesa). Que jeito me davam aqueles 125 milhõezitos… euritos lindos venham cá à mãezinha… Nunca joguei nestas tretas porque até nem nunca tive muita sorte ao jogo e não, também, não tinha lá grande sorte ao amor. Mas vai na volta anda aqui a desperdiçar-se um grande talento de vencedora para jogos da Santa Casa, só vou saber se experimentar. Ok, ando com sorte no Amor mas isso não invalida que tente, certo?

Esta semana vou jogar para ver se pega o chavão da sorte de principiante. Logo direi como correu… ou não (devo dizer que depois não abrirei um banco especializado em empréstimos a fundo perdido.lol). Que jeitinho me dava…ai, ai…

Não querendo cair na conversa de sexta-feira ao jantar lá da casa da minha família alargada, “ai o que fazia com tanto dinheirinho…”. Acabava-se este blog. Isso era certinho! Com tanta “viagem” de certeza que não teria tempo para parar em frente a um “computas”. Ehehehehe

Para finalizar, um favorzinho… vejam lá se não jogam esta semana a ver se me dão uma abébia.lol

2006/01/13

Hoje... como sempre.

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Sinto-te o cheiro, o sabor
Lembro-te o sorriso travesso
Sei que estás aqui mesmo que não estejas
Lembras-me de como era antes
Mostras-me o que sou e como quero ser
Sabes, fizeste de mim uma pessoa melhor
Fizeste-me voltar a acreditar e a dar
Como tu mereces que eu dê
Hoje, mais uma vez, escrevo para ti
Porque te amo e porque sim
Porque hoje és para mim tudo o que foste logo ao primeiro
Ou não, não és o mesmo… És mais, muito mais
E é assim que te guardo para mim
Nem acreditando que a cada minuto estamos mais próximos
Mesmo que desconfies do que constantemente te digo
Tu completas-me…
Preenches-me…
Iluminas-me…
Fazes-me feliz e em troca dou-te tal qual e até mais, se possível
E sei que sim, sei que te sentes amado
Sei que para ti também fazemos sentido
Sei que hoje, como sempre, quero ficar ao teu lado
Parabéns a nós…

2006/01/11

Eleições...confusões

Pois é minha gente, estamos em tempo de eleições, em tempo de campanha eleitoral. Ligando a televisão perto das 7 da noite é só vê-los a falar, falar, falar… Falam que se desunham mas na verdade isso também não interessa nada. Eu já tenho uma decisão tomada porque nestas coisas sou muito rápida e assertiva, decidi que não sei em quem vou votar. É uma decisão como outra qualquer, certo?

A bem da verdade, o que se passa é que estou baralhada. Eu sou daquelas eleitoras que gosta sempre de votar (voto sempre para depois poder protestar) e mais, gosto de votar em consciência, pelo que tento sempre inteirar-me das propostas dos vários candidatos. Até aqui tudo certo mas o pior é que após não-sei-quantos debates televisivos, não-sei-quantos minutos de tempo de antena estou na mesma.

Questionava-me no outro dia se o problema seria meu e se a loirice (que me perdoem as loiras lindas que eu conheço) “se me estava” a passar para a massa encefálica? Resposta que obtive: é possível. Mas quanto mais leio opiniões de “tugas” anónimos como eu nos jornais mais me convenço que esta indecisão crónica é um mal geral.

Mas estes candidatos são o quê pá??!!! Um já morreu e esqueceram-se do avisar; outro desde o incidente do bolo-rei devia inteligentemente ter-se escusado de voltar a aparecer em público; outro não fala, declama e é mais um sonhador para os “D. Sebastiences” deste País e, finalmente, o outro é do contra, não sabe contra quê mas é do contra, assim é a filosofia do partido. Ok, é verdade que existem mais 9 candidatos para além destes mas, please… O Garcia Pereira, enfim… o MRPP é tipo o Fantasma do Natal passado. Quanto aos outros… alguém pensa verdadeiramente que votar na D. Odete, “lavadeira-de-escadas-enceradora-all-in-one-fada-do-lar” é a solução para este nosso País de tanga? Eu nada tenho contra as senhoras do “menáge” e muito menos contra tangas mas isto parece uma república das bananas. Até ao domingo das eleições tenho que decidir em quem votar, mas desde já decidi que não vou fazer parte da “carneirada” dos que vão votar no rei mago algarvio.

Acho que daqui a 4 anos quem se candidata sou eu. Se é para rir ao menos que seja com alguém que sabe que a sua posição nesse momento é mesmo para servir propósitos anedóticos! Não há paciência já para quem não sabe o que anda a fazer nesta vida…

2006/01/09

Segunda-feira

Sabes que és tramada
já certamente to disseram...
Chegas de mansinho desgraçada
como uma ressaca para os que demais beberam (ou f*****...eheheh).

Há dias fodidos, pois há.
Tu és o dia em que começa a labuta
Acordas-nos com uma cachaporrada nos cornos.
Mas que granda filha da puta!

Não é justo, não é justo!
Grito sempre ao acordar.
Quero mais fim de semana
Não quero voltar já a trabalhar.

Mas tu não te compadeces
até nos olhas com desdém.
Podes fazer-me vir para o trabalho
trabalhar é que nem tu nem ninguém.

Segunda-feira chega traiçoeira
apanha-nos sempre de surpresa na cama.
E nós estupidos nem nos lembramos
que ao Domingo acaba o fim de semana.

E agora arrumo as botas
Já estou farta de rimar
Com o desabafo e desancanso
até o blog consegui actualizar.

Bom ínicio de semana a todos os que comigo compartilham o ódio pelas segundas-feiras. Perdoem o uso da linguagem mas é que há dias assim...

2006/01/06

Apaixonada

Parece piroso, podia ter saido da letra de uma canção pimba mas, desculpem lá minha gente, é assim mesmo que me sinto hoje: apaixonada e ainda mais do que nos outros dias. Digamos que estou "in the mood for love"...

E para ti, que povoas os meus sonhos, que ilustras a minha realidade, a quem amo e quem me faz sentir amada fica uma dedicatória.

Aos meus pouco e mesmo muito bons leitores deixo a recomendação de uma música linda... (ou serão os meus ouvidos infectados pelo Amorrrr??)

Quase Perfeito

Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero

Quase que não chegava
A tempo de me deliciar
Quase que não chegava
A horas de te abraçar
Quase que não recebia
A prenda prometida
Quase que não devia
Existir tal companhia

Não me lembras o céu
Nem nada que se pareça
Não me lembras a lua
Nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua
Tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua
Eu confesso não sai da cabeça

Se um beijo é quase perfeito
Perdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der
O tempo a que temos direito

Se um dia um anjo fizer
A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser
Faremos o crime perfeito

Para ti simplesmente por existires.

2006/01/04

Traumas

Pois é, acho que está na altura de consultar um psicólogo. Eu não sabia mas descobri que se calhar tenho problemas de infância mal resolvidos (nem que estes tenham sido arranjados só ontem)...

Já me tinham contado a história do meu planeamento (ou seja obra prima à primeira sem esboço ou seja 0 planning) e a minha existência. Esta é daquelas coisas que se perguntam sempre aos pais tipo como é que vocês se conheceram, de onde é que eu vim (para onde vou e o que faço aqui são questões que surgem mais tarde, pois claro.), de onde vêm os Sugus, é verdade que o Nestum cresce nas prateleiras do ACSantos.... enfim estas questões normais. E já tinha a minha mãezinha em toda a sua paciência me explicado tudinho com aqueles floreados epecialmente usados para conversas com crianças cuscas como o caraças tipo eu. Até que as respostas que obtive me tinham contentado. Lá satisfiz a minha curiosidade e cresci para ser uma mulher resolvida e de bem consigo própria (para além de boa e modesta...ahahaha).

Os meus paizinhos tiveram, admito, um papel muito importante na formação da minha elevada auto-estima actual. O facto de ser filha única para mim foi sempre a prova provada de que era boa o suficiente. Estão a ver? Não precisavam de mais nenhum, certo?

Claro que também passei pela idade de querer irmãos (a chamada idade da estupidez). A dada altura embirrei que também queria um irmão ou uma irmã (não, não era para brincar era mesmo para praticar a minha vocação de déspota). Pedi à mãe, tentei chantagear o pai com lágrimas de crocodilo (sim porque as meninas trazem os paizinhos wrapped around their little fingers...) e nada. A minha mãe, imensa na sua sabedoria, limitou-se a por-me perante os factos da vida e deixou-me a decidir se sempre queria reenviar a segunda via do pedido.

Ainda a estou a ver... dizia a minha mãe "Anda cá filha, senta aqui. Então queres um irmão mais novo? Já viste bem depois como vai ser? Depois és a mais velha, a responsável... Vês como a Carla está sempre a apanhar por causa da Andreia? É porque é a mais velha...". Ai eu pensei: "Dasssssssss! Não quero, não quero. Que lindos os meus paizinhos estão preocupados com a minha integridade física..." e respondi "Deixa lá. Tens razão, não vale a pena até porque ia ser uma canseira para ti mãezinha. Ambas sabemos que corro muito rápido e para andares depois atrás de mim para me dar uns cascudos era uma trabalheira. Deixa lá isso, a sério."

Estão a ver? Não tinha mesmo nenhum tipo de problemas com a minha infância. Os meus pais até tinham escolhido não ter mais filhos para se dedicarem só a mim... devia mesmo ser alguém muito especial, certo?

No outro dia, depois de um jantar com a minha nova familia adoptada (que é como quem diz a do gajo) fui para casa a pensar que teria sido divertido crescer numa casa cheia de irmãos como aquela, todo aquele ritual de sermos mais que 3 à mesa despertou-me a nostalgia... Mais tarde conversei com a minha mãe e perguntei-lhe "Então e agora que já cresci não sentes falta de ter tido mais filhos?" ao que ela me responde "Não filha. sabes a primeira coisa que o teu pai me disse quando finalmente me conseguiu ver depois de eu ter penado para tu saires cá para fora foi não vamos ter mais nenhuma, tá."

Conseguem entender o meu recém adquirido trauma? Livra que eles quando me viram decidiram logo que não queriam mais nenhum! Devo ter causado uma grande primeira impressão... e segunda e terceira porque em tantos anos nunca mudaram de ideias...

2006/01/03

Absurdos irremediáveis.

Existem realmente coisas completamente absurdas na vida quotidiana e nós passamos por elas muitas vezes sem nos apercebermos…

Tomemos como exemplo o espírito natalício. A época da boa-vontade, do amor incondicional ao próximo etc e tal e coiso… Pois. Os presentes de Natal são sempre a mesma história. Quando questionamos alguém sobre o que querem receber como presente recebemos muitas vezes a célebre resposta “Amor e carinho” mas depois se lhes oferecemos mesmo uma mão cheia daquilo que nos pediram lá vêm as trombas… “Nem se deu ao trabalho de me comprar um presente de Natal”. E é sempre a mesma história. Se a ideia é nós ficarmos contentes só pelo facto de nos oferecem qualquer coisinha, porque é sinal que se lembraram de nós e somos amados, porque razão as filas nas lojas para trocar presentes são maiores do que aquelas que se viam antes do Natal para comprar os ditos? Afinal “qualquer coisinha” não serve e não as pessoas não se contentam com o facto das pessoas se “lembrarem delas” nessa época… Realmente fiquei estúpida por me aperceber deste fenómeno de trocas quando passeava num Centro Comercial da Grande Cidade armada em pequena burguesa. Espírito natalício uma treta!

As obras de “Santa Ingrácia”. Quem vive ou trabalha em Lisboa está certamente familiarizado com este fenómeno… O que eu acho mais absurdo são os painéis que a Câmara lisboeta gosta de colocar ao pé dos locais de obra mais incomodativos: “Tentaremos ser breves. Esta obra estará concluída dentro de x dias”. Porque acho isto absurdo? Ora eu quando continuo a ver ano após ano as mesmas obras com conclusão duvidosa penso sempre “Pois… x dias. Eles só não disseram é a partir de quando.” Esta é uma frase muito cómoda porque serão sempre x dias a partir da altura em que as pessoas leiam o aviso, o que obviamente pode acontecer em qualquer altura do decorrer da obra e assim a sua conclusão pode protelar-se indefinidamente. Bem, se calhar absurdo é mesmo o meu pensamento mas isso também não é nada de estranhar.

Entrar em ruas de trânsito proibido na baixa da cidade. ESTE É UM GRANDE ABSURDO, SEM EXPLICAÇÃO E QUE ACONTECE TODOS OS DIAS! Ora o Senhor Marquês de Pombal, como todos nós sabemos, era um sinhor prático e até que a modos esperto e quando redesenhou a baixa fê-lo de uma forma a termos uma cidade geométrica e de fácil orientação. Ora isto é simples, umas ruas descem outras sobem, as ruas são intercaladamente ora para um sentido ora para outro. O mais estúpido é que pessoas que circulam TODOS os dias pelos mesmos caminhos estão constantemente a querem virar precisamente para as ruas que não podem! Ora se antes passaram numa rua onde podiam virar é óbvio que não próxima não poderão e terão de esperar pela 3ª para o poderem fazer. Meus amigos, não é difícil É ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE A LÓGICA DA CONSTRUÇÃO DESTA CIDADE! (Desculpem o tom aceso deste desabafo mas já várias vezes quase fui “passada a ferro” por senhores a fazer este disparate).

Bem… vou indo e quem sabe me depare com mais absurdos para vir aqui desabafar. Já agora espero que o Natal tenha sido bom e não tenham tido de ir para filas para trocar muitos presentes... Ah! E Feliz 2006 e tal...