Absurdos irremediáveis.
Existem realmente coisas completamente absurdas na vida quotidiana e nós passamos por elas muitas vezes sem nos apercebermos…
Tomemos como exemplo o espírito natalício. A época da boa-vontade, do amor incondicional ao próximo etc e tal e coiso… Pois. Os presentes de Natal são sempre a mesma história. Quando questionamos alguém sobre o que querem receber como presente recebemos muitas vezes a célebre resposta “Amor e carinho” mas depois se lhes oferecemos mesmo uma mão cheia daquilo que nos pediram lá vêm as trombas… “Nem se deu ao trabalho de me comprar um presente de Natal”. E é sempre a mesma história. Se a ideia é nós ficarmos contentes só pelo facto de nos oferecem qualquer coisinha, porque é sinal que se lembraram de nós e somos amados, porque razão as filas nas lojas para trocar presentes são maiores do que aquelas que se viam antes do Natal para comprar os ditos? Afinal “qualquer coisinha” não serve e não as pessoas não se contentam com o facto das pessoas se “lembrarem delas” nessa época… Realmente fiquei estúpida por me aperceber deste fenómeno de trocas quando passeava num Centro Comercial da Grande Cidade armada em pequena burguesa. Espírito natalício uma treta!
As obras de “Santa Ingrácia”. Quem vive ou trabalha em Lisboa está certamente familiarizado com este fenómeno… O que eu acho mais absurdo são os painéis que a Câmara lisboeta gosta de colocar ao pé dos locais de obra mais incomodativos: “Tentaremos ser breves. Esta obra estará concluída dentro de x dias”. Porque acho isto absurdo? Ora eu quando continuo a ver ano após ano as mesmas obras com conclusão duvidosa penso sempre “Pois… x dias. Eles só não disseram é a partir de quando.” Esta é uma frase muito cómoda porque serão sempre x dias a partir da altura em que as pessoas leiam o aviso, o que obviamente pode acontecer em qualquer altura do decorrer da obra e assim a sua conclusão pode protelar-se indefinidamente. Bem, se calhar absurdo é mesmo o meu pensamento mas isso também não é nada de estranhar.
Entrar em ruas de trânsito proibido na baixa da cidade. ESTE É UM GRANDE ABSURDO, SEM EXPLICAÇÃO E QUE ACONTECE TODOS OS DIAS! Ora o Senhor Marquês de Pombal, como todos nós sabemos, era um sinhor prático e até que a modos esperto e quando redesenhou a baixa fê-lo de uma forma a termos uma cidade geométrica e de fácil orientação. Ora isto é simples, umas ruas descem outras sobem, as ruas são intercaladamente ora para um sentido ora para outro. O mais estúpido é que pessoas que circulam TODOS os dias pelos mesmos caminhos estão constantemente a querem virar precisamente para as ruas que não podem! Ora se antes passaram numa rua onde podiam virar é óbvio que não próxima não poderão e terão de esperar pela 3ª para o poderem fazer. Meus amigos, não é difícil É ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE A LÓGICA DA CONSTRUÇÃO DESTA CIDADE! (Desculpem o tom aceso deste desabafo mas já várias vezes quase fui “passada a ferro” por senhores a fazer este disparate).
Bem… vou indo e quem sabe me depare com mais absurdos para vir aqui desabafar. Já agora espero que o Natal tenha sido bom e não tenham tido de ir para filas para trocar muitos presentes... Ah! E Feliz 2006 e tal...
2 Comments:
O espirito natalicio é sempre bem vindo, agora certas atitudes de alguns Presenteados é que nós dispensávamos, mas enfim nem todos somos iguais.
Eu gosto de receber, mas também gosto de dar, claro q nem tudo o que se recebe é ao nosso gosto, no entanto não podemos pedir muito a quem nos dá, afinal os €€€ não crescem das árvores.
As obras de Lisboa, faz sentido isso, pois assim é uma forma de eles andarem a papaguear que Lisboa Está em Movimento, embora em alguns locais os movimentos sejam em redor dessas mesmas obras. Começam e nunca mais acabam!! são as chamadas obras sem fim.
Ora seja bem-vindo Senhor LM! Espero que tenha apreciado a minha humilde casinha. E diga-me... Já me descobriu a careca?
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