O amanhecer de um sorriso...
Ela dormia. Vivia a vida de quem finge que vive. Não parava, não sentia, não queria, não tinha tempo. Estava ocupada com a ilusão de que vivia a vida a 100%, que tinha tudo, que podia o que quisesse e que isso era o que desejava.
Um dia, um instante, uma palavra num ecrã sacudiu-a. Estremeceu, parou mas apenas um momento. Não tinha tempo, não tinha decidido, não ia dar importância...
A vida ia passando, sendo aproveitada até à sua mais infíma possibilidade. Era ela, decidia, vivia e divertia-se com o caminho. Sem saber que estava adormecida, acreditava ser vida o sonambulismo em que vivia. Permanecia, segura na sua realidade criada, protegida e satisfeita com o que podia ter, julgando que tinha o que queria.
A vida era diversão, era aproveitar os momentos que seriam sempre efémeros, escravos do desinteresse imediato que sempre acompanhava os seus empolgamentos fugazes.
As palavras no ecrã sucederam-se. O objectivo, acreditava, era continuar a divertir-se, aproveitar porque em breve o momento passaria. Era divertido e ela que vivia a rir, tanto nas alegrias como nas tristezas, ria agora com uma vontade genuína. Quão engraçadas podem ser meia dúzia de palavras num ecrã... Como elas passaram de meia duzia a milhares ninguém sabe, nem os dois, mas era natural.
Tantas gargalhadas foram trocadas mas como era possível apreciá-las através de um ecrã?
"Um dia vou querer ouvir essa sua gargalhada..."
"Certamente. Quando quiser, não será difícil rir consigo..."
A primeira gargalhada ouvida conduziu ao primeiro sorriso vislumbrado. O momento entrou de sopetão, de tal forma que quase a derrubou. Lutou, insurgiu-se, não queria acordar. Para quê abandonar a segurança do seu mundo alucinado?
Vislumbrou o que era real. Não via mais do que aquilo que estava bem em frente dos seus olhos. Armou-se de espirito aventureiro e deu um passo rumo ao desconhecido. Sempre em busca da diversão imediata, obviamente o desinteresse não tardaria...
Mas ele tardou, tarda ainda.
Ela acordou para as palavras que passaram do ecrã para o ouvido. Para as gargalhadas partilhadas e lembrou... lembrou o primeiro sorriso que, desde então, a acompanha sempre desde que acorda.
As palavras no ecrã sucederam-se. O objectivo, acreditava, era continuar a divertir-se, aproveitar porque em breve o momento passaria. Era divertido e ela que vivia a rir, tanto nas alegrias como nas tristezas, ria agora com uma vontade genuína. Quão engraçadas podem ser meia dúzia de palavras num ecrã... Como elas passaram de meia duzia a milhares ninguém sabe, nem os dois, mas era natural.
Tantas gargalhadas foram trocadas mas como era possível apreciá-las através de um ecrã?
"Um dia vou querer ouvir essa sua gargalhada..."
"Certamente. Quando quiser, não será difícil rir consigo..."
A primeira gargalhada ouvida conduziu ao primeiro sorriso vislumbrado. O momento entrou de sopetão, de tal forma que quase a derrubou. Lutou, insurgiu-se, não queria acordar. Para quê abandonar a segurança do seu mundo alucinado?
Vislumbrou o que era real. Não via mais do que aquilo que estava bem em frente dos seus olhos. Armou-se de espirito aventureiro e deu um passo rumo ao desconhecido. Sempre em busca da diversão imediata, obviamente o desinteresse não tardaria...
Mas ele tardou, tarda ainda.
Ela acordou para as palavras que passaram do ecrã para o ouvido. Para as gargalhadas partilhadas e lembrou... lembrou o primeiro sorriso que, desde então, a acompanha sempre desde que acorda.
Parou... quis... aprendeu a recomeçar a viver...
P.S. Para ti. Obrigado por me dares razões para sorrir apaixonada há 365 dias. Amo-te.
6 Comments:
Hó pázinha... Pázinha... tou comovido e não sou ele! :-D
Voces são especiais!
Um beijo para ti e um abraço para ele!
opah... parabens... minha linda!! que bom que e o teu sorriso!!! (beijocas nas mamocas)
Uauu!
ah, eu tambem tenho 365 dias de comemoracao noEgipto!!!!
Já te topei mais uma vez, e no mesmo post.
Sabes o que é que isso quer dizer?
Já se escrevia qualquer coisinha, ai já, já!
Where did you find it? Interesting read »
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